6 fev 2011
Dadas as perspectivas maniqueístas que insistem em vilipendiar o jogo online e levaram à aprovação de uma lei federal que o torna ilegal nos E.U.A., o observador mais incauto poderia pensar que as operadoras de transacções monetárias, enquanto instituições sólidas, seguras e de confiança, verdadeiros símbolos do país, seriam uma espécie de arqui-inimigas das operadoras de jogo online. Mas tal não podia estar mais longe da verdade. Com efeito, e tendo em conta que as operadoras de jogo online não poderiam funcionar sem agentes intermediários para fazer as necessárias transacções monetárias, a Visa e a Mastercard surgem não apenas como parceiras inevitáveis, mas também apoiantes convictas das principais operadoras de jogo online. A verdade é que se não fossem os constantes e aparentemente intransponíveis entraves legais, estas parcerias seriam, de facto, bastante rentáveis para as operadoras de transacções monetárias. Mas o facto é que a ilegalidade do jogo online tem causado elevados prejuízos a estas empresas que, por essa razão, se viram obrigadas a gastar muitos milhares para, dessa forma, moverem os seus cordelinhos no Congresso, onde usufruem de grande influência, na tentativa de fazer com que o jogo online fosse definitivamente legalizado e regulamentado. No entanto, todos estes esforços foram inglórios, com a inviabilização das leis propostas pelos senadores Harry Reid e Barney Frank. Assim sendo, a actual esperança para a Visa e para a Mastercard reside no jogo "intra-estadual" na Califórnia, na Nova Jérsia e na Florida, que poderá não infringir a legislação em vigor. Caso demonstrem esse facto, as operadoras poderão efectuar transacções associadas ao jogo em casinos online desses estados, obtendo, assim, algum retorno do seu investimento.
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