8 fev 2011

Acredite-se ou não, estão a ser feitas apostas sobre a sobrevivência do Euro, como se de um jogo de futebol se tratasse. A crise das dívidas soberanas que se abateu sobre os países PIGS (as iniciais de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha), os quatro países que estão a dar mais dores de cabeça ao conjunto da Zona Euro, por problemas de défice, dívida excessiva ou elevado desemprego, está bem patente nos jogos de apostas disponibilizados pelas operadoras no Reino Unido e por toda a Europa, sobre se o Euro vai ou não conseguir sobreviver a esta crise e manter-se como moeda única europeia. Neste momento, o “não vai aguentar-se” vai à frente, o que a ser verdade poderia constituir a ruína da comunidade e sonho europeus tal como os conhecemos.

No entanto, e felizmente para o estilo de vida que hoje temos, na reunião onde estiveram representados os 27 países da UE foi decidida a introdução de uma alteração ao tratado de Lisboa, para estabelecer a criação de um fundo permanente destinado a situações de crise das dívidas soberanas, o que demonstra o empenho da União Europeia em fazer em frente a esta crise, que pode representar um problema sistémico para o Euro. Desta forma, a Europa mostra a sua determinação em defender a sua moeda única, uma das grandes conquistas europeias.

Ultrapassado mais este obstáculo, veremos como reagirão os apostadores relativamente à aposta da sobrevivência ou extinção da moeda europeia, esperando que a tendência das apostas se inverta e que a comunidade europeia possa prosseguir com o sonho definido no tratado de Roma, em 1957, de fundar e desenvolver instituições comuns para o desenvolvimento económico.

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