30 ago 2007

Apesar de muito pouco nos terem espantado as políticas britânicas claramente opressoras do jogo, tanto em casinos tradicionais, ainda que existam e continuem a existir casinos no Reino Unido, como em casinos online, nomeadamente, reunindo-se esforços para impedir a publicidade aos jogos de sorte, e banindo as iniciativas de criação de casinos virtuais no espaço territorial britânico, o interesse pelo jogo não parece ter diminuído. De certa forma, estas são medidas governamentais que vemos um pouco por toda a Europa e Estados Unidos. Contudo, no caso inglês parece existir uma razão muito forte para todas estas medidas: é que, indubitavelmente, a população sente-se muito atraía pelo jogo.

Assim, o crescente acumular de medidas anti-jogo naquele país é apenas uma resposta desesperada a vários estudos que vêm confirmando o prazer de muitos cidadãos pelo jogo, tanto nos casinos tradicionais, como nos casinos online. As investigações partiram de conceituadas universidades (aliás, note-se que a Universidade de Oxford possui um departamento especializado em analisar questões comportamentais ligadas ao jogo), que revelaram a surpreendente estatística que atesta que, em Maio de 2007, 8,6% dos adultos jogaram num casino online ou participaram em sites de apostas, contra os 7,4% do ano anterior.

A grande maioria dos inquiridos admitiu jogar com alguma frequência nos casinos online a partir do seu computador pessoal, portátil, e mesmo através do telemóvel, um resultado que subiu para 5,2%. O telemóvel parece mesmo ser um meio de acesso ao jogo e às apostas online altamente privilegiado, podendo entrar em clara concorrência com o computador daqui a alguns anos. Pelo menos 3% dos inquiridos utiliza o seu telemóvel como um instrumento para efectuar as suas apostas, pelo menos uma vez por mês! A grande maioria destes utilizadores continuam a ser os homens, numa faixa etária entre os 18 e os 34 anos, embora as mulheres comecem a surgir como claras apreciadoras do jogo no casino online. O fenómeno do jogo virtual parece ter retirado o estigma e a dificuldade de aceder aos jogos de sorte, permitindo uma democratização no acesso a este tipo de divertimento.

Artigos relacionados: